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“Contatos na Chapada Diamantina”: ETs visitam Lençóis e o Vale do Capão

por ago 4, 2024Livros0 Comentários

Hippies, coronéis e seres de outros planetas se encontram nas páginas do romance histórico escrito por Adolfino Neto

É madrugada na cidade de Lençóis. De repente, do meio das sombras, surge uma criatura apavorante. Ela tem pele cinza, olhos amarelados e uma perna só. O estranho ser libera grunhidos, atravessa a Rua da Baderna e desaparece no conhecido caminho do Serrano. Poucos minutos depois, moradores do Vale do Capão também são surpreendidos com a assustadora visita noturna. O medo se alastra, as autoridades não sabem o que fazer, e todos começam a se perguntar: “O que é aquilo?”

Sequências como essas estão no livro “Contatos na Chapada Diamantina”, escrito por Adolfino Alves Pereira Neto. Ambientada nos anos 1960, a saga fictícia resgata figuras emblemáticas da região ― coronéis, garimpeiros, professores, místicos e hippies. Ah! E tem um mendigo muito querido também: o simpático Zé Estrela. Ele é, inclusive, o primeiro personagem a ficar cara a cara com o misterioso visitante perneta.

No livro “Contatos na Chapada Diamantina”, Adolfino Neto dá descrições detalhadas de seres que vivem em outros planetas e explica por que eles vieram para a região central da Bahia. Foto: Empório Chapada Diamantina.

Com o avançar da narrativa, descobrimos que o desengonçado ET não está sozinho ― ele faz parte de uma colônia vinda do planeta Hutazath. Mas por que seres de uma galáxia tão longínqua desembarcaram na Chapada Diamantina? Que interesses têm o monge Jean Fayard e a enfermeira Emanoela Trugani em esconder as evidências de que há extraterrestres vivendo no coração da Bahia? Haverá uma guerra entre aliens e humanos? Quem vencerá? É a busca por essas respostas que mantêm os leitores presos do começo ao fim da história.

“Recebo muito esse feedback. As pessoas que leem o livro não conseguem mais parar, pois a obra mexe muito com a imaginação delas”, revela Adolfino Neto. Morador de Feira de Santana, na Bahia, o autor conheceu a Chapada Diamantina ainda jovem, em 1986, por indicação de um amigo que ficou encantado pela região e o convenceu a se aventurar pelo local. Entusiasmado, Adolfino logo pegou seu fusca e visitou Lençóis e o Vale do Capão. A paixão foi tamanha que, de lá para cá, ele perdeu as contas de quantas vezes já esteve aqui: “Estabeleci que tenho de visitar a Chapada a cada 90 dias. Gosto tanto do lugar que desejo que minhas cinzas sejam espalhadas sobre o Vale do Pati”, confessa.

Apesar de as visitas de Adolfino à Chapada serem constantes, a ideia do livro “Contatos” só surgiu em 2018, mais de 30 anos depois da primeira viagem. De férias do seu trabalho como administrador, ele resolveu unir duas paixões de longa data: o espaço sideral e a Chapada Diamantina. “Foi aí que imaginei uma trama movimentada que tivesse extraterrestres no centro da ação”, diz o autor.

Os extraterrestres do livro “Contatos na Chapada Diamantina” defendem a igualdade entre todos os seres e são capazes de se comunicar com os homens por meio de telepatia. Foto: Empório Chapada Diamantina.

Para construir, de forma verossímil, o enredo que estava imaginando, Adolfino voltou à Chapada e entrevistou diversos moradores com mais de 70 anos. Durante as conversas, além de coletar informações históricas, ele se surpreendeu com algo recorrente em todos os relatos: a presença de luzes brancas flutuando pela região. Segundo os entrevistados, essas aparições cintilantes só poderiam ser o espírito do diamante.

A biodiversidade e a riqueza geológica da Chapada Diamantina também foram alvo dos estudos de Adolfino. Apesar de a narrativa contada por ele ser fictícia, muitos dados apresentados no livro são reais. Entre as obras consultadas pelo autor estão “História Natural da Chapada Diamantina”, de Rodrigo Valle Cezar e Vanessa Aparecida Camargo, e “Um guia para a Chapada Diamantina”, de Roy Funch, biólogo, artesão e um dos criadores do Parque Nacional da Chapada Diamantina.

Adolfino, aliás, expressa sua admiração por Funch no prólogo de “Contatos” e ainda o homenageia na trama. A personagem Anália Nascimento, uma professora destemida, visionária e inteligente, reúne aliados, confronta o coronel Lacerda e, já na década de 1960, torna-se uma precursora na luta pela criação do PNCD.

Na verdade, a maioria dos personagens transmite sutilmente mensagens de preservação e amor à natureza: Samara Lacerda só se sente em paz admirando a beleza do Vale do Capão; o coronel Magno precisa se banhar nas águas das cachoeiras para se refrescar; os alunos de Anália Nascimento são contra o garimpo; e até os ETs querem desfrutar dos recursos naturais da região. “O livro é para nos motivar a entender o que não conhecemos e nos mostrar que extraterrestres, ao contrário do que se propaga no cinema, podem não ser invasores, mas seres que querem dividir o planeta conosco”, finaliza o autor. 

Clique aqui, adquira seu exemplar e faça você também “Contatos na Chapada Diamantina”.

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